domingo, 31 de julho de 2016

A falta de Fair-Play dos AVÉCs

Não querendo acreditar nas notícias que vieram a público, dos franceses não terem mostrado a bandeira Portuguesa na Torre Eiffel após a nossa vitória na final do Euro,
quis certificar-me.

E fui confirmar no dia seguinte, essa falta de Fair-Play.

Lamentavelmente era verdade tal notícia.

Olhando a Torre de cima abaixo com muita atenção...

Não existe defacto, nenhuma bandeira hasteada.



Uns poucos metros mais à frente e à esquerda “contornando a torre de Alta-Tensão” encontra-se a Escola de Fuzileiros de Vale do Zebro.

Ao fundo entre as inactivas chaminés, existe o extinto Alto-Forno da Siderurgia Nacional, que é considerado hoje em dia, um Monumento classificado do Município do Seixal.

Esta enorme estrutura “excluindo o tijolo refractário de isolamento térmico no seu interior” é 100% metálica. O ainda estar de pé, considero um milagre.

Escapou incólume à sede de inocentes sucateiros que “às claras” só fizeram (e continuam fazendo) o que governantes cretinos têm  permitido. Serve hoje  para visitas de estudo.

ERA UM VEZ…

Existente, só a metade direita da foto.
O Leitor “com preconceitos” pode se quiser ignorar a parte política, mas deve ler a excelente descrição do que era a primitiva e agora quase extinta Siderurgia Nacional, que hoje de nacional, só tem o nome.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

ó Diabo... era uma grande bronca, caso não tivessem escrito (MAIS ANOS)

Reformas. Governo quer pôr militares a trabalhar mais anos.

A ministra da Administração Interna está empenhada em equiparar os militares aos polícias

Forças Armadas consideram o projecto "a todos os níveis inaceitável". GNR receia "atentado à condição militar"

O governo está a preparar um conjunto de alterações profundas ao regime de reformas dos militares e dos polícias que prevê a redução de direitos históricos dos primeiros. O que está a causar mais polémica é o aumento da idade da reforma para mais um ano e dois meses - igual aos polícias - quebrando uma das mais fulcrais compensações pela perda de direitos e exigências que a "condição militar" impõe. Na GNR pode estar em causa uma diminuição do valor das pensões.

"Reacções imediatas, p'ra todos os gostos"
Se te interessa ler mais, e...
és Sargento:
carrega no link:

se és Oficial:

se és um Genérico:

segunda-feira, 4 de julho de 2016

De "regresso" ao LUNGUEBUNGO

Aqui há dias na companhia da minha Rosa Augusta, dizimei um indefeso robalo grelhado no restaurante da Associação de Fuzileiros aqui no Barreiro.


Certo. E depois? Pergunta o leitor.



A coisa só é notícia porque desta vez calhou irmos no dia da música ao vivo.

Também influenciado pela decoração deste estabelecimento com diversos motivos náuticos, ao ouvir músicas do Roberto Carlos tocadas e cantadas por um jovem grupo da terceira idade, sem querer por instantes viajei no tempo, e "à mesa" fui parar ao meu acampamento no Lunguebungo situado na picada “Luso-Gago Coutinho”.


Fuzileiros do Lunguebungo



Lungue-Bungo - 1973 - Quartel dos fuzos - Foto de António Jacinto
Foram diversas as vezes que com eles o meu pelotão jogou à bola.

Comparando com o Meu tempo "foto abaixo"
 vemos que 3 anos depois "foto acima"
o ervado e o campo de futebol "parece que" foram totalmente desprezados



 Visitamos e convivemos com estes fuzos “estacionados” mesmo ao lado da ponte nas margens do rio com o mesmo nome. E tal como acontecia na nossa RÁDIO POP, também o Roberto Carlos era dos preferidos do "Djay" que na altura manobrava a acústica dos altifalantes da parada.




Como já descrevi em pormenor numa história (http://ccac2504.blogspot.pt/2012/07/mais-uma-do-meu-pelotao.html)
aqui neste Blogue, permanecemos algumas semanas nesta povoação para dar protecção à J.A.E.A. (Junta Autónoma das Estradas de Angola) que “construía” uma pista de aviação.






Dado a relativa importância dos residentes "excluindo o descalço, simpático e humilde Sóba", rapidamente se chega à conclusão que a pista só servia para "além do governador do distrito", os chefões fuzos irem sem correr riscos e de cú tremido, visitar os operacionais.

Sóba
(O representante do governo)*


Nos dias de hoje através das difusas imagens "nesta zona" do Google Hearth, verificamos com dificuldade que da famigerada pista nota-se a sua abandonada existência, e do Quartel, nem vestígios.


Um dia espero fazer uma visita à Escola de Fuzileiros do Vale de Zebro "aqui bem perto de onde moro" na tentativa de saber algo sobre o fim* daquele quartel.
Durante mais de 30 anos, passei duas vezes por dia à frente da porta de armas deste quartel, na ida e na volta do meu trabalho na Siderurgia Nacional do Seixal. Foram várias as vezes que tive de parar o carro para deixar passar "o pessoal" que atravessava a estrada direito à carreira de tiro na Mata da Machada ou vice-versa, bem como no içar da bandeira, etc.

Cheguei também a levar a minha filha quando pequenita,  para aprender a nadar na piscina aquecida que possuem. Recordo também os fuzos, quando descrevo o meu "único" acidente de carro....tok tok.

E porquê?



Porta d'armas

Porque soube que no fim-de-semana existiu um atropelamento fatal em frente aos fuzileiros.
*****

Uma vez mais de manhã e de carro dirigia-me para o trabalho.
O dia era de chuva.
Ainda ao longe reparei que um autocarro estava parado um pouco à frente da porta d'armas.
"se calhar foi aquele...Pensei"

O trânsito era lento. Ao passar por ele olhei, e não notei mazelas na frente e não resisti sem olhar de novo pelo espelho retrovisor para inspeccionar a traseira.
Assim fiz. Mas...
Quando olhei em frente, reparei que a "bicha" estava parada, instintivamente travei a fundo.
Com o piso escorregadio de imediato senti um...PUM.

Ouvi barulhos metálicos e pareceu-me até, ver umas cuecas no ar.
Incrédulo, não estava a entender o que acontecera.
Felizmente que levava os vidros das portas fechados por causa da chuva, pois uma senhora despenteada "surgindo do nada" com ar de poucos amigos, gesticulava ferozmente e falava algo que imaginei ser do piorio.

Decorrido uns segundos, apreensivo, abri a porta e saí pedindo mil desculpas.
Com a ajuda do marido a senhora acalmou-se um pouco e descreveu-me o acidente.
Pelos vistos Eu tinha acabado de “empurrar” a Lambreta cerca de meio metro, que o marido conduzia com ela atrás, sentada. Culpava-se um pouco, pois viajava sem estar agarrada porque levava em cada mão um saco de plástico com os almoços dos dois.
Por isso mesmo foi inevitável, a cambalhota à retaguarda que fez por cima do pneu sobressalente.
Uma semelhante
Toda molhada e suja, dizia não necessitar que a conduzisse ao hospital e o maior problema era terem ficado sem o almoço.
Rapidamente solucionei isso, oferecendo-lhes duas senhas Tickets Restaurante das minhas.
Depois de agarrarem as marmitas vazias que rebolaram pela estrada, verificamos que só parti o vidro traseiro da luz de stop da Lambreta. O casal dizia que os estragos eram insignificantes, mas... ainda bem que accionei o seguro.
Um pouco mais havia para contar… mas termino por aqui. 


(um pequeno vídeo)
 

(**) - Não me custa nada admitir, que no abandono "depois da Independência" tenham utilizado a técnica (ou tática) da Terra queimada* e pura e simplesmente tenham demolido todas as infraestruturas, não deixando rastos, ou pedra sobre pedra.