sábado, 28 de junho de 2014

Nem só a moca de Rio Maior, faça-se, a Justiça de Fafe.



Talvez não saibas que:

Na tarde de Domingo, dia 22 de Junho de 2014, tive o prazer de receber no meu BAIXATOLA’s  BAR em Vila Nova de Famalicão, o amigo José Oliveira da Silva. O nome talvez não te diga muito, mas se olhares bem este pequeno fragmento de uma foto maior, descobrirás facilmente que é o Sorridente que está sentado nesta mesa, a bordo do UÍGE. 


Exacto, é esse mesmo. Trata-se do Furriel SILVA da 2506. Cá pra mim, é o Silva de Fafe, já que também existe na minha Companhia a 2504 outro Furriel Silva, mas da Póvoa do Varzim. 

Ultimamente já nos tínhamos visto “ao longe”, através das novas tecnologias, melhor dizendo “através do SKYPE”. Mas ao perto, para lhe dar um abraço, foi só agora ao fim de 43 anos.

Perante o dilema (Ou tu vens cá baixo, ou eu vou lá cima), apresentou-se acompanhado de sua esposa, a Manuela, porque aceitou o meu convite para visitar o BAIXATOLA’s BAR.

Mesmo recorrendo ao GPS, a dificuldade que teve para se orientar, para encontrar a minha casa de Famalicão, fez-me recordar a história contada pelo Mota vagomestre, quando se socorreu de uma pequena bússola “tipo porta-chaves” para orientar o pessoal da 2506. Embora fossem da mesma Companhia, pelos vistos o Silva, não aprendeu nada com ele.

Para juntar aos vinhos verde e maduro, à broa de Avintes e não só, por já me ter dito que também gosta de cerveja, preocupei-me em garantir que também as Minis não faltassem no Frigo-Bar. No entanto, com todas as condições reunidas, recusou-se a comer e beber. Alegou que estavam fartos, “não de mim” mas do lauto almoço que ingeriram com a restante família "poucas horas atrás" num restaurante da periferia de FAFE, e não conseguiam agora, arrecadar mais mercadoria.

Quem o viu e quem o vê. Este Silva que vês na foto, com um jarro à frente e segurando o copo do tintól, está hoje irreconhecível.

Não sei se não terá sido derivado a algo que faça lembrar a música brasileira ”Você abusou, tirou partido de mim, abusou”, sei que após ter bebido um café e uma ginjinha logo à chegada, este nosso amigo no decorrer da tarde não bebeu nem comeu, e no final não satisfeito com tudo isso, “obrigou-me a fazer-lhe companhia" bebendo um Xázinho “biológico” da lúcia lima que plantei, acompanhado de bolinhos.

Tal como Eu, caro Leitor, estarás pensando: este Silva, está perdendo qualidades...



Conversamos bastante, e muito ficou por contar. Ofereci-lhe um DVD, o Resumo resumido da minha vida militar "em fotos", igual aos que ofereci quando realizei o Convívio dos Graduados da 2504 no BAIXATOLA’s BAR em 2006. A 1ª parte do filme conhece-o bem, pois fomos companheiros nas Caldas da Rainha e na especialidade em Tavira. Ficou agendado novo encontro, talvez agora em FAFE.
Embora me tivesse esquecido de explorar a sua veia de "hipnotizador", fiquei a saber da nobreza da sua vida profissional, e também a sua opinião inequívoca, quanto à divergência Temudo Mota/ Mota Temudo. Se “Eu ainda não estava”, fiquei tranquilo, e falou-se dos solidários.



Deu para ver e confirmei que gostou das minhas instalações, fazendo referência ao reduzido pé direito do Baixatóla’s BAR. Recordei-lhe que é por isso mesmo, a origem do seu nome. Entre o orgão electrónico, bongos, violão, ferrinhos, maracas, harmónica e muitos outros instrumentos de som, e a somar ao Karaok, mostrei-lhe a velhinha “como nova” Concertina que o Furriel Jorge Severino me ofereceu, bem como a minha nova aquisição comprada e trazida dos Estados Unidos da América pelo irmão do furriel Brito. Um “Laser Stars Projector”.

Para teres uma noção do efeito luminoso que este projector tem no tecto do BAIXATOLA's BAR”
carrega no link abaixo

https://www.youtube.com/watch?v=Y0mIzlG6UcE


Desconheço se o Silva sabe ou não, cavar "à frente da polícia" ou até semear, mas sei que "na Net" se diverte a gerir uma quinta, a construir cidades e até "qual estratega" comandar exércitos...



E caso para dizer “como antigamente”: o Gajo continua Cacimbado.







Curiosidade sacada da Internet:

O Deputado às Cortes, terá chegado atrasado a uma sessão daquele órgão monárquico, no que terá sido censurado grosseiramente por um marquês, também deputado, que chegou ao desplante de lhe chamar "cão tinhoso". O visconde fingiu não ouvir o impropério e mostrou-se tranquilo durante a sessão mas, finda aquela, interpelou o marquês petulante, repreendendo-o pelas palavras descorteses que lhe havia dirigido. Em vez de lhe pedir desculpa, este arremessou-lhe provocadoramente as luvas no rosto, convocando-o para um duelo.

Ao ofendido competia escolher as armas, e quando todos pensavam que iria preferir espadas ou pistolas, como era usual na altura, o visconde apresentou-se para o recontro munido de dois resistentes varapaus. O marquês não sabia manejar esta arma grosseira mas o visconde, perito na arte do jogo do pau, tradicional nesta região, espancou o seu opositor. À gargalhada perante o acontecimento, os populares que presenciavam não se contiveram e gritaram: "Viva a Justiça de Fafe!".

 



domingo, 22 de junho de 2014

(a história nº1)

Era uma das grandes etapas, NA VIDA DUM HOMEM

A TROPA

Nada aqui seria mencionado, se esta minha 1ª experiência, tivesse corrido bem.
Antes pelo contrário; O início começou turbulento…



Começo por faltar à Inspecção pela simples razão de que: após o meu Curso Industrial tirado na Escola Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, fui tirar (em paralelo com o trabalho) na Escola Industrial Infante D. Henrique no Porto, o Curso de Especialização de Desenhador Industrial. E faltei porquê? Porque no exacto dia da Inspecção, tive o meu exame de Aptidão do Curso de Desenhador. Era o fim do curso, e não podia falhar.

Preocupado, fui no dia seguinte ao Centro de Recrutamento Militar, apresentar a justificação oficial que pedi na secretaria da Escola, e para minha surpresa, quando a leram disseram que estava muito bem feita, com selo branco e tudo, só que não servia. Tinha sim, de levar um Atestado Médico, justificando uma doença impeditiva de me apresentar. Contestei mas de nada valeu. (Autênticos pneus…)

Fui então a um médico de Clínica Geral que conhecia, o Dr. Rodrigues que após Eu lhe contar a história, mesmo contrariado, lá redigiu o documento falso. Já lá vão quase "50 anos" e não recordo mas, devo ter tido uma diarreia qualquer.

 

A segunda chamada, foi em Braga. Era um dia de inverno e o Centro de Recrutamento mais parecia uma casa assombrada. Um edifício em granito “mais velho que a Sé...”, sombrio, e com alguns vidros partidos. Éramos bastantes e apreensivos aguardávamos ordens. Não tardou muito até aparecer um enfermeiro que falando alto e bom som, convidou os Mancebos a ficarem descalços, dos pés à cabeça.


A corrente de ar era enorme e por isso tilintávamos de frio, “um brincalhão do grupo disse”: poderá ser a nossa “sáfa” porque, com tudo tão encolhido, poderão pensar que ainda não temos idade para ir à tropa.


Após aquele tratamento de choque, e logo no primeiro dia de tropa, “para tristeza da minha Mãe, que já tinha o meu irmão mais velho nestas andanças, e sabia que o mais novo, entraria antes de Eu sair”, trouxe para casa o veredicto esperado. APURADO PARA TODO O SERVIÇO MILITAR.

Uns meses depois, começou a saga no R.I.5 nas Caldas da Rainha