sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Eis quem sabe, um russo-angolano tataraneto do Mondego.

Ao ver este link do cão, que me foi enviado pelo Furriel Merca, recordei de imediato a postagem http://ccac2504.blogspot.pt/search?q=mondego aqui editada
 no dia 2 de Fevereiro de 2016.
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Habilidade assim, só talvez o Mondego.

Pergunta o leitor: Qual Mondego? o rio que atravessa Coimbra?
Direi; E não só.
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 Vamos respigar ao livro Angola – As Brumas do Mato, do Alf. Milº Capelão Leal Fernandes, do BCaç 1930, uma “estória” enternecedora de amizade para com um Cão, retratado e comentado pelo lápis desse consagrado artista plástico, de nome Heitor Chichorro, na altura Fur. Milº da CCaç 1781, uma das Compªs pertencente ao BCaç 1930, sediado na Mamarosa.

No tempo do BCaç 1930, a CCaç 1781, que terá estado no Luvo e a seguir na Canga, andariam pelos quartéis muitos cães. Porém ainda no Luvo, um deles foi-se aproximando dos Fur. Milºs, e um destes adoptou-o, dizendo,
este tem perfil de Sargento.

Ficou a chamar-se Mondego e criou uma tal afeição com o Atirador Fur. Milº Mota, que o passou a seguir para tudo quanto era sítio. Chichorro, já um artista, passa então a lápis para o papel, várias caricaturas do Mondego, que completa com palavras reveladoras da grande afeição, que aquele núcleo de militares passou a ter com aquele cão.

Nomeadamente “ meu amigo e companheiro Mondego”, “ para o grande amigo Mondego – esteja onde estiver”, “este animal não devia ser considerado cão”, “era extraterrestre – Mondego, cão humano”, enfim frases, com algum sentido de humor, mas ao mesmo tempo reveladoras de uma enorme afeição pelo Mondego.

a páginas tantas, podemos ler... E o seu dono Fur. Milº Mota remata nostálgico:
o Mondego devia ser o militar mais antigo do norte de Angola. Já lá estava quando nós chegámos. Fez várias comissões.
Sem dúvida mereceria a alta patente de oficial.

E o Fur. Milº Heitor Chichorro com a sua fina sensibilidade de artista e de sábia admiração à mãe natureza e suas criaturas, diria: O Mondego era um cão medalhado. Ele bem merecia uma cruz de guerra.
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Não há muito tempo, num salutar Convívio "aqui já referido" que realizei no meu
" BAIXATOLA BAR "

e que muito em breve se vai repetir,


Convidei os Furriéis Vilela e Chichorro. Na amena cavaqueira existente, recordaram uma vez mais tal canídeo, deixando-me espantado com a ternura das suas descrições. Além de tudo do que já foi dito, para o Chichorro o cão era mais que um cão. Era um Cão-Leão.


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