Camaradas da 2504:
Conforme “anunciei” na última postagem,
Estava previsto um Convívio da rapaziada, a nível do
Batalhão.
E acrescentei
mais:
Se por acaso Eu não
estiver presente, contar-me-ás
O que passou-se
Assim
sendo:
Em 1º lugar: Quero
desde já agradecer ao meu Camarada e Amigo João Merca, a insistência para me convencer
a fazer parte do grupo excursionista.
Como Lhe esclareci: Na semana anterior também em Anadia, ocorria
o
(33° Convívio dos Furriéis, da Companhia 2504)
E como previsto, seguia em frente rumo a Vila Nova de
Famalicão,
para umas merecidas férias. Só que estas não valeram.
Talvez fruto de alguma praga rogada por alguém, cravou-se
uma dor na coluna que me arrumou por dias. Graças a esta, vi-me forçado a dar um giro à Póvoa do Varzim e a Ponte de Lima. Felizmente já se foi e não deixou saudades.
É caso para dizer que se eu não tivesse coluna vertebral como
alguns,
Tal não me teria acontecido.
Em 2º lugar: fico
feliz por saber que este Amigo das Operações Especiais conseguiu “levar a carta
a Garcia” ao incentivar/concretizar o que há muito planeava.
Realizar o Convívio dos 50 Anos, a nível do
Batalhão.
Pelo que sei "com partida de Lisboa" para lá e mais ainda para cá, a viagem (no pequeno autocarro que contrataram) foi
super-divertida, onde reinou a boa
disposição, coisa que não me admira, dado que conheço mais ou menos bem alguns
dos passageiros.
************
Também quero agradecer ao nosso Camarada Aguiar, o empenho uma vez
mais demonstrado, ao mobilizar num ápice as tropas da 2504 para esse evento através de
cartas, e-mails, telefonemas e afins.
Desde logo deu-me a conhecer as presenças confirmadas, que de
imediato enviei aos Camaradas Merca e Medroa. Posteriormente falamos mais vezes,
na tentativa de actualizar a quantidade dos inscritos.
Eficaz como
sempre, dois dias após o Convívio recebi o “feedback”
(Registo de presenças da 2504 no encontro do Batalhão)
Encontro
a nível de Batalhão, aos 21.09.2019
(CCAÇ 2504)
Realizou-se na Anadia,
no Restaurante D. Sancho, um encontro dos ex-militares das companhias CCS,
2504, 2505 e 2506, pertencentes ao Batalhão 2872.
Foram enviadas cartas
convites aos companheiros habituais da Companhia, por email e correio via CTT.
Dos contatados,
informaram que não iriam estar presentes, por razões particulares, Aurélio
Costa, Espiguinha, Figueiredo, João Campos, Lamego,
Miguel Pereira, Ramalhete e Conde e Silva.
Estiveram presentes
neste almoço, José Aguiar, Manuel Martins, João Ribeiro, Manuel Pastaneira,
Pedro Patrício e Jorge Severino. Deste grupo estiveram também as respetivas
esposas dos primeiros cinco, totalizando 11 presenças.
Cada representante da Companhia,
fez no final uma breve alocução através de micro, expressando o interesse destes encontros, as recordações e agradecimentos pela iniciativa de que
fizeram parte o ex. furriel João Merca e Pinto Ferreira da 2505 e da CCS
respetivamente.
Por não ter havido um momento
para expressar a confirmação de cada presença por assinatura, vai figurar no nosso livro Registo de presenças o presente texto.
José Aguiar.
Mas deixemo-nos de
divagações…
Ora como aqui se lê, também o Amigo Aguiar "um dos nossos Condutores"
em representação da Companhia, fez uma breve alocução
aos microfones.
Talvez por não estarmos habituados, dado que nos nossos Convívios
tal equipamento não se usa.
”Numa de procuro e não te encontro, pelo que já vi divulgado”,
O nosso pessoal ou foi de camuflado, ou por artes mágicas ficou transparente.
Pelo que sei do que Passou-se, a
certa altura a nitidez da aparelhagem sonora deixou muito a desejar.
Segundo dizem, quando tudo corria
em modo UFP (União das Forças em Presença), numa de “espelho meu/espelho meu, apesar
da contestação imediata” foram confrontados com a qualidade de som HiFi a
baixar drasticamente, para um ruído ensurdecedor de cana rachada.
Há quem diga até que, “após estes 50
anos” lhe pareceu ouvir algo a respeito de quem foi a melhor "barra" maior Companhia do Batalhão.
Um pouco confusos com o rumo da conversa, parece que ainda ouviram bem ao longe, o extemporâneo rebentar de uma mina ou granada, lançada pelo superdotado. Acabaram por ficar com os tímpanos a arder com mais esta façanha.
(De imediato "dizem-me", alguns se lembraram do Jorge Palma, na canção: Deixa-me rir)
Ora aquí está um problema muito grave e importantíssimo, que ao longo dos
anos não me deixa dormir.
Passo as noites em claro, porque ainda hoje Eu não sei quem ganhou a taça, nem tãopouco os lugares
no pódio.
Se os dos lenços azulados que é o caso da 504, se os amarelo torrados
da 505, se a CCS ou os treinados por forças espaciais etecetera e tais.
Ainda bem “digo Eu” que o lema do nosso Batalhão era (Conquistando os
corações se vence a luta) pois se fosse Unidos Venceremos, pelos vistos no final do Convívio, estava
tudo morto.
Por falar em explosivos, como aqui já contei no Blogue,
Tal como não entregávamos todos os dias as munições no
armeiro para no dia seguinte as ir buscar, também Eu algumas vezes “por
questões de segurança” dormi com os explosivos debaixo da minha cama. Durante
um curso de Minas e Armadilhas até, ministrado no A.E.A. (Agrupamento de Engenharia de Angola) em Luanda, só não
dormi em cima de minas, porque no trabalho não se dorme.
Recordo que num dos nossos Convívios quando falávamos deste
tema, alguém disse com alguma graça: Furriel, excluindo os Operacionais das
Companhias, existia outros que só tiveram a vida em risco, dada a grande proximidade
das minas, dos diamantes na África do Sul.
Por lá muitos morreram e morrem, só no simples passar da revista.
Quanto a isto e tudo o resto, sabendo-se que “cada um mijou
com a sua”,
desde há muito opto pelo:
( Leva lá a biciclete )
Prestando
bem atenção do que Passou-se e ao que já foi divulgado, sobressai uma foto.
Nessa, na zona central "numa espécie de triângulo”, aparecem
em destaque três Camaradas de referência.
Na base, no
lado esquerdo: o então Major
Cepeda (que conheci e me conheceu bem, dada a proximidade de meses a
fio, da 2504 com a CCS).
(Era também um dos visitantes assíduos da nossa Rádio POP)
Aqui "o Estado Maior", assistindo a mais um espectáculo, onde o Conjunto
POP da 2504 uma vez mais actuava.
Na primeira fila, o então Major Cepeda “que no momento” estava atento ao
pessoal lá de trás.
Também nesta foto e entre
muitos, dois Vagomestres impávidos e serenos. Os Furriéis Almeida da CCS e o
Machado da 2504 “cigarrando despreocupado”, enquanto que (pelo que agora se
sabe) alguém lá bem longe, lutava com denodo.
Imagino os turras fugindo a gritar: Xi Patrão, é purrada de criar bixo.
Como não queremos que lhes falte nada, deve ter sido por isso, que foi necessário “durante
meses” um pelotão da Minha Companhia (2504), os terem ido ajudar.
Mas, dizia
Eu. Na foto e no lado direito; o Médico Ribeiro
da Cunha, que me conheceu por fora e por dentro “pois foi Ele que no
Hospital do Luso me operou, colocando-me 2 parafusos no braço esquerdo” que
ainda hoje não me largam a braguilha. Se mais não fosse, falamos diversas vezes nas posteriores consultas.
É caso para dizer:
“Ao contrário
de muitos, Eu até tenho, dois parafusos a mais”
E finalmente no
vértice superior do triângulo imaginário,
Um Camarada de Arraiolos, o Atirador da 2504 Manuel José Pastaneira,
que “talvez por descuido” lá aparece na foto, e à civil.
Pronto.
(Acabas assim Camarada, de ficar quase a par*, do que Passou-se)
Quase a par
*com asterisco*, porque faltaria contar mais.
Entra outras, vou manter o stand-by, quanto ao que, incompreensivelmente
e “não tendo nada a ver com o assunto”, em vez de censurar a atitude de um
mentiroso parece querer implicar comigo, e defender o indefensável com unhas e
dentes.
Que eu saiba, desta vez fez duas tentativas frustradas, insistindo
em se meter onde não é chamado. Fico sem saber, qual é a ideia.
Porque Sei do que falo, e sem mais comentários, eis alguns slides meus, que
ilustram em parte, esta postagem:
No que a nós diz respeito: a 2504 só andou brincando, a fazer buracos na areia
As minas e consequências.
Acima à esquerda: nos primeiros dias, A minha primeira
intervenção, neutralizando algumas granadas de morteiro e de bazuca.
Do meu pelotão, à direita e em destaque, O falecido 1º Cabo Mourão "no meu rebenta-minas", e que nos
últimos dias da comissão, foi vítima de uma.
Resta ainda a foto
abaixo, que eu desconhecia.
O Vagomestre Furriel Machado ofereceu-me esta, neste último Convívio dos
Furriéis.
Trocamos impressões e não descobrimos onde foi tirada.
Alguém disse que deve ter sido tirada logo no início, dado
parecer que Eu uso um camuflado quase novo. Concordo e discordo. Porque quando
estávamos no Dange (como deves ter lido numa postagem anterior) ao chegar a
Quibaxe, a “minha lavadeira” um dia disse-me:
(Meu
furiel, tás fudido. Loubalam a loupa toda)
E por causa disso, tive de comprar alguma nova.
Repara e sugere tu, onde esta foi tirada.
Não reconheço as instalações, mas reconheço que é uma pose de dois
Amigos, que têm bastante em comum.
“Ambos os dois” de pêra e bigode e de mãos nos bolsos, também
pertenceram à fundação da RÁDIO POP e além da amizade que nos une, pelo que
contou, tal como Eu de culinária, não pesca patavina. Safamo-nos nuns ovos
estrelados e pouco mais.
Com
Furriéis assim, é caso para a Companhia dizer: Pôrra, cazar o nosso.
Uma última
nota: Não queria estar na pele dos Camaradas Operacionais que se
deslocaram a este convívio, acompanhados das Esposas.
Imagino-os agora, a serem repreendidos por Elas, por terem
acreditado ao longo dos anos, que era graças aos operacionais que o inimigo
nos tinha algum respeito. Que a coisa não era pêra-doce.
A acreditar nas estórias escritas num 1º volume, e ouvindo na
1ª pessoa tais façanhas, dirão.
Pôrra, afinal És um
mentiroso.
Acabo de descobrir, que
qualquer um do arame-farpado fez o que fizeste, e muito mais. Para castigo:
Hoje dormes no tapete.
Cá por mim, de uma
coisa tenho a certeza, como já escrevi várias vezes.
Nós os da 2504,
limitamo-nos a cumprir fielmente, a missão que nos foi confiada.
Todo o resto é folclore, ou conversa p’ra
boi dormir.
Com um orgulho desmedido por sermos da 2504,
dou concluída esta postagem, por agora.