CAMARADAS
Fez ontem (dia 8 de Maio) exactamente 51 anos que embarcamos para o desconhecido.
Partimos apreensivos ignorando o que a sorte nos reservava,
e Eu cá no íntimo,
"rezava" para que não nos calhasse a Guiné.
Durante os 13 dias de viagem ao contrário do que alguns iluminados afirmam,
ou na pior das hipóteses, dormiam com o Chefe.
Das coisas que mais me sensibilizou durante a viagem,
foi a diferença abismal no tratamento das tropas.
Enquanto que os Oficiais e Sargentos dormiam em camarotes, tinham refeições com cardápio do bom e do melhor com fundo musical até, anunciadas através de gongue.
Impotente para alterar o que quer que fosse, quando me calhou a vez de estar de Sargento de Dia, ouvindo as queixas do pessoal reclamei até mais não com os elementos da tripulação que traziam a escassa comida e bebida.
Dessa vez "tenho a certeza" não houve quem não ficasse de barriguinha cheia nem sequioso que não saísse satisfeito.
Na viagem, como tristezas não pagam dívidas, ao terceiro "e mais dias" a nossa Companhia 2504 apressou-se a desanuviar o ambiente, através das actuações do recém formado "Conjunto POP"
designação que mais tarde, deu origem aos nomes
BATALHÃO POP
e
RÁDIO POP
Se por acaso Eu tivesse esquecido a data desta efeméride,
Ontem no próprio dia, num SMS trocado com o nosso 1º Cabo Isidro Catarino Nunes, li a pergunta: Sabes que dia é Hoje?
No que respeita à Guerra, este Catarino Nunes é cá p'ra mim
uma autêntica Enciclopédia.
Hoje em dia Confinado e "Gadelhudo", sinto grandes saudades do nosso Camarada Riga
Ainda recordo o seu sorriso malandro, quando "bem atestado" me dizia:
Meu Furriel, hoje é que me apetecia cortar-lhe o cabelo!...
Fez ontem (dia 8 de Maio) exactamente 51 anos que embarcamos para o desconhecido.
Partimos apreensivos ignorando o que a sorte nos reservava,
e Eu cá no íntimo,
"rezava" para que não nos calhasse a Guiné.
Durante os 13 dias de viagem ao contrário do que alguns iluminados afirmam,
o destino Angola só foi conhecido quase no fim.
Os que souberam antes, ou eram bruxos ou filhos dalgum Pide,ou na pior das hipóteses, dormiam com o Chefe.
Das coisas que mais me sensibilizou durante a viagem,
foi a diferença abismal no tratamento das tropas.
Enquanto que os Oficiais e Sargentos dormiam em camarotes, tinham refeições com cardápio do bom e do melhor com fundo musical até, anunciadas através de gongue.
Quando me abeirava das tampas semi-abertas dos porões e via as péssimas condições de transporte do pessoal lá no fundo, não digo que ficava de coração partido, mas no mínimo consternado.
Dessa vez "tenho a certeza" não houve quem não ficasse de barriguinha cheia nem sequioso que não saísse satisfeito.
Chegados a terra firme;
Acabaram-se as mordomiasNa viagem, como tristezas não pagam dívidas, ao terceiro "e mais dias" a nossa Companhia 2504 apressou-se a desanuviar o ambiente, através das actuações do recém formado "Conjunto POP"
designação que mais tarde, deu origem aos nomes
BATALHÃO POP
e
RÁDIO POP
Se por acaso Eu tivesse esquecido a data desta efeméride,
Ontem no próprio dia, num SMS trocado com o nosso 1º Cabo Isidro Catarino Nunes, li a pergunta: Sabes que dia é Hoje?
Na viagem de regresso, a mesma discriminação
Confuso por veres que estou a ser servido através de garrafa?
O enigma está esclarecido neste Blogue, há bué de tempo.
uma autêntica Enciclopédia.
Hoje em dia Confinado e "Gadelhudo", sinto grandes saudades do nosso Camarada Riga
Ainda recordo o seu sorriso malandro, quando "bem atestado" me dizia:
Meu Furriel, hoje é que me apetecia cortar-lhe o cabelo!...
Camarada Pimenta, devias estar ainda sobre o efeito dos estilhaços da mina que um dos Simões rebentou e que não te deixou bem tratado. Toda a gente a partir da altura em que foi mobilizado ficou a saber que ia para Angola. Eu soube já tarde, porque estava em Faro e o 1º sargento do RI4, tinha uma "boa" organização, papéis todos ao molhe. Foi o Vitorino Rodrigues, que era da minha terra, num fim-de-semana, no início de abril de 1969, que me disse que eu era o vagomestre da companhia dele. Disse-lhe que não sabia de nada. Na segunda-feira seguinte fui à secretaria e lá estava no meio da molhada a minha mobilização, guia de marcha, caminho para Abrantes, onde já não se encontrava ninguém do batalhão, pois já estavam no IAO em Santa Margarida. Ah naquele papelinho que o 1º sargento do RI4 acabou por descobrir estava lá qual o destino que me esperara.
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