FURRIEL GIGA
Intitulava-se Mestre “pintor” e Eu "que até já fui Desenhador" concordava plenamente, pois bastava visitar o seu atelier para verificarmos tal facto.
Sei que existiam dias em que o atelier por vezes mais parecia um Conservatório de música, quando ao abrigo
de uma parceria com a Câmara, dava aulas de música à rapaziada.
Outras vezes, mesmo antes de abrir a porta,
já o nosso nariz adivinhava que nesse dia a música era outra.
É que em vez de pairar no ar o cheiro a tintas acrílicas ou a
óleo.
“Olfatavas” um belo cheirinho a derivados do porco preto.
Se acaso fosse o de orégãos, coentros, poejo até, então as opções eram mais que muitas…
Sopas de
cação? Açorda alentejana? Irrequietos caracóis?
Aí… Só entrando.
Repara nesta “frame” que saquei do vídeo, do seu atelier de pintura.
(Que linda paleta de cores)
Com respeito à mesa, quando lá
levei o Furriel Temudo pela 1ª vez,
o cenário era semelhante.
o cenário era semelhante.
Infelizmente na vida civil "pró meu gosto", foram poucas as vezes que nos encontramos
“Esta, a Primeira”
Resistia Eu, anos e anos a fio sem comer caracóis, eis senão quando “logo após o 25 de
abril” encontrei em Cacilhas este alentejano de Borba. Recordo que era verão e
sequiosos fomos comemorar o feliz reencontro num conhecido restaurante.
Aí convenceu-me a comer esses irrequietos animais, descobrindo “mesmo agoniado” que gostei mais das caracoletas grelhadas.
Aí convenceu-me a comer esses irrequietos animais, descobrindo “mesmo agoniado” que gostei mais das caracoletas grelhadas.
A partir
desse dia, de longe a muito longe, tenho comido este que “para muitos” é um grande
pitéu, mas que até hoje, ainda não me convence.
(Para beber cerveja, prefiro o marisco do eusébio)
(Para beber cerveja, prefiro o marisco do eusébio)
Quando "na época alta" passo ao lado deste estabelecimento, costumo ver o pessoal
sentado na esplanada comendo-os com satisfação, quase sempre trocando “bocas”
com aqueles que "sem primazia" desesperam na fila do take-away.
Voltando ao João Manuel Giga Coelho
Ainda no
tempo da guerra, recordo quando nos dizia “porque sou Coelho" no que respeita a filhos, irei ter ninhadas.
(Sei que partiu deixando pelo menos, cinco.)
(Sei que partiu deixando pelo menos, cinco.)
Tenho na ideia que quando nos encontramos pela primeira vez em Cacilhas, trabalhava numa
empresa chamada “Plessey automatic” que entre outras coisas, fazia telefones.
Acho que a partir daqui, trabalhou sempre por conta própria.
Esteve sediado no Alentejo alguns anos, e depois descobri-o morando no
Fogueteiro- Amora.
Com a permissão da Junta da Freguesia, tinha já nessa altura um atelier, num pequeno contentor, que foi utilizado pelo empreiteiro como ponto de vendas da urbanização onde morava. Constatei aí, que já acumulava a pintura com a música.
Trabalhou para as Televisões, na feitura de cenários.
Lamento não ter neste momento a possibilidade de mostrar a foto
do um pequeno quadro que um dia me ofereceu
(está em Famalicão).
Fica prometido que a mostrarei, e que o Quadro passará a constar
"em sua honra" no Altar da 2504, existente no
BAIXATOLA's BAR.
Trabalhou para as Televisões, na feitura de cenários.
Lamento não ter neste momento a possibilidade de mostrar a foto
do um pequeno quadro que um dia me ofereceu
(está em Famalicão).
Fica prometido que a mostrarei, e que o Quadro passará a constar
"em sua honra" no Altar da 2504, existente no
BAIXATOLA's BAR.
Entretanto uma vez
mais lhe perdi o rasto, e raramente atendia o telefone.
No seu
dizer, deslocava-se diversas vezes pelo país e estrangeiro, a fim de mostrar os seu trabalhos de pintura e escultura, nas mais diversas exposições.
(o Giga também era Escultor)
Essas saídas,
impediram-no por vezes de comparecer aos nossos convívios, quer dos Furriéis
quer da Companhia.
Quando lhe
falava para aparecer e levar o seu violão, dava a entender que queria esquecer
os tempos da guerra, dizendo até, que não tinha nenhuma foto desse período.
Teve um
restaurante lá prós alentejos, e só há pouco tempo é que o descobri de novo, neste tal
atelier na Arrentela-Seixal a poucos metros da igreja e cemitério.
No lado esquerdo “fora da imagem” o
atelier, na frente a linda vista, à direita a Igreja e Cemitério.
(O seu
Auto-retrato)
Sorrindo, me despeço deste Amigo Sapador
com um desejo no pensamento.
Espero que "como Atirador" quando chegar a minha vez, seja:
TIRO E QUEDA
com um desejo no pensamento.
Espero que "como Atirador" quando chegar a minha vez, seja:
TIRO E QUEDA
Dizem que é anedota, mas Eu não sei:
ResponderEliminarEstava um Alentejano todo indignado num Cafei, Lá em Borba, porque reparou na crueldade acabada de aconteceri. Alguém sem escrúpulos "esmigalhou em simultâneo um caracol e uma caracoleta (mãe e filho).
Levantou-se da cadêra e perguntou em voz alta: Que mal lhe fizerem estes pequenos animais?
O assassino respondeu:fique sabendo o Senhori que estes sacanas, já me vinham perseguindo,há dois dias.