“Porque estou calado”
Longe de mim querer interferir na diversão
duns quantos, e na “VERBORRAGIA INÚTIL” que existe nas redes sociais, onde até há
quem ache piada de quem acha que por fazer uns versos rimados já é poeta.
(Parafraseando
Marcel Camargo)
A ARTE DE NÃO FALAR NADA, SÓ OBSERVAR
Saber a hora de dizer algo
e o momento de não falar nada é uma arte, pois é assim que resguardaremos
nossas forças para o enfrentamento do que realmente importa.
Não
é por nada, mas vem crescendo deveras a quantidade de opiniões descompassadas,
agressivas e preconceituosas sobre os mais variados fatos que ocorrem. Tanto
nas redes sociais, quanto na mídia em geral e nas rodas de conversa, ouvem-se
verdadeiros absurdos, mensagens de ódio e destempero, carregados de retrocesso
e violência, muitas vezes de forma não velada.
Ao
mesmo tempo, aumentou o número de pessoas que se prontifica a cuidar da vida
dos outros, palpitando sobre o que não lhes diz respeito, intrometendo-se em
assuntos estritamente pessoais, incomodados com o que nem deveriam pensar
sobre. Quantos fiscais da vida alheia abundam entre os recantos do país, quanta
gente rota falando das rasgadas, quanta hipocrisia neste mundão.
Por
isso é que se torna cada vez mais necessário nos calarmos diante daquilo que
não tem a ver com nossas vidas, diante de quem fala barbaridades, de quem ataca
o outro com ódio, sem razão nem por quê. Sim, o melhor a se fazer é apenas
observar, calar-se e prestar atenção, como mero espectador, enquanto o outro se
afunda na própria cova de maldades. O silêncio não ferra, não violenta, não nos
deixará em maus lençóis.
Embora
tenhamos que nos impor, em determinadas circunstâncias, dizendo o que sentimos,
sem ressalvas, a fim de que nossos limites nos salvem, praticar o silêncio nos
poupará de contendas inúteis, de discussões desgastantes, de assuntos
desnecessários e de pessoas irritantes. Saber a hora de dizer algo e o momento
de não falar nada é uma arte, pois é assim que resguardaremos nossas forças
para o enfrentamento do que realmente importa.
A
vida nos coloca de frente com os mais variados tipos de pessoas, inclusive com
quem colocará à prova nossa paciência, nosso equilíbrio interior. Caberá a nós
o discernimento necessário, para que não nos afundemos na lama alheia, mantendo
nossa integridade intacta. Para tanto, calar e observar em muito nos ajudará a
prosseguir em paz com nós mesmos, em busca de lugares saudáveis e de gente que
soma, sem que desistamos de nossa felicidade por conta da verborragia inútil de
quem se intromete onde não é chamado.
(Carlos Drummond de Andrade)
Temudo, agora sim: “PELA PRIMEIRA VEZ PEÇO” que já agora tanto tu como os teus colegas, “não mencionem o Meu Nome” nos vossos escritos. Apaga-o por favor. OK?
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