Era uma das grandes etapas, NA VIDA DUM HOMEM
A TROPA
Nada aqui seria mencionado, se esta minha 1ª experiência, tivesse
corrido bem.
Antes pelo contrário; O início começou turbulento…
Antes pelo contrário; O início começou turbulento…
Começo por faltar à Inspecção pela simples razão de que: após o meu
Curso Industrial tirado na Escola Comercial e Industrial de Vila Nova de
Famalicão, fui tirar (em paralelo com o trabalho) na Escola Industrial Infante D. Henrique no Porto, o Curso
de Especialização de Desenhador Industrial. E faltei porquê? Porque no exacto
dia da Inspecção, tive o meu exame de Aptidão do Curso de Desenhador. Era o fim
do curso, e não podia falhar.
Preocupado, fui no dia seguinte ao Centro de Recrutamento Militar,
apresentar a justificação oficial que pedi na secretaria da Escola, e para
minha surpresa, quando a leram disseram que estava muito bem feita, com selo
branco e tudo, só que não servia.
Tinha sim, de levar um Atestado
Médico, justificando uma doença impeditiva de me apresentar. Contestei
mas de nada valeu. (Autênticos pneus…)
Fui então a um médico de Clínica Geral que conhecia, o Dr. Rodrigues
que após Eu lhe contar a história, mesmo contrariado, lá redigiu o documento falso. Já
lá vão quase "50 anos" e não recordo mas, devo ter tido uma diarreia qualquer.
A segunda chamada, foi em Braga. Era um dia de inverno e o Centro de
Recrutamento mais parecia uma casa assombrada. Um edifício em granito “mais velho que a Sé...”, sombrio, e com alguns vidros partidos. Éramos bastantes e apreensivos aguardávamos
ordens. Não tardou muito até aparecer um enfermeiro que falando alto e bom
som, convidou os Mancebos a ficarem descalços, dos pés à cabeça.
A corrente de ar era enorme e por isso tilintávamos de frio, “um brincalhão do grupo disse”: poderá ser a nossa
“sáfa” porque, com tudo tão encolhido, poderão pensar que ainda não temos idade para
ir à tropa.
Uns meses
depois, começou a saga no R.I.5 nas Caldas da Rainha
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