Estávamos em Abrantes, quando houve o tremor de
terra de 1969.
Tínhamos sabido nessa dia, quem seria o grupo que connosco ia para
o Ultramar. Depois de uma instrução nocturna, procedeu-se ao baptismo de guerra
no balneário da caserna com uma penicada de água pela cabeça abaixo de cada um.
Decorria a
“festa”, quando apareceu um Sargento que zangado gritava para pararmos, pois a
algazarra era tanta, que até a caserna abanava.
Respeitosamente todos se calaram, dando assim para
notar que estava a acontecer nesse instante, um tremor de terra.
Escusado será dizer, que a debandada foi geral. Todo o mundo fugiu para
a rua, onde Eu, “prensado”, desci as escadas da caserna no meio da multidão, com a sensação de não ter posto os pés no chão.
Hoje, não recordo o nome daquele que (estando na rua e em
contracorrente), subiu as escadas a muito custo e foi refugiar-se dentro das casas de
banho para se sentir mais seguro.
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